domingo, 24 de dezembro de 2017

Pequena retrospectiva DurvaLindas 2017

Um ano da para muita coisa né?! Como dizia naquele texto de ontem, o cara que fatiou o tempo foi um gênio, já que em 12 meses podemos perder as esperanças de tudo, chutar o pau da barraca e em seguida nos renovar, com a promessa de um novo ano, uma folha branca, limpinha, pronta para ser colorida.
Pensando nisso fiz uma pequena retrospectiva.

- Conheci umas meninas ai (lindas, por sinal) que eu são sabia que iria amar tanto (meus pais adoram duas delas, inclusive);
- Dividimos panelas, miojos e qualquer coisa que fosse comestível ou necessária;
- Minha casa passou a virar depósito da residência;
- Desenvolvi um pequeno vício por café;
- Desenvolvi uma relação de amor e "nunca mais tomo isso" com a cerveja;
- Vimos Patrícia sem produção alguma em menos de um mês que ela disse que isso nunca aconteceria;
- Pude dar um abraço em Talita num momento muito importante - só depois entendi o que significava; 
Vimos Claryssa, a qual achei sempre muito responsável, subi na contra mão de uma ponte - e foi divertido ver todos (embriagados) se darem conta disso no meio do trajeto;
- Vimos Jessica começar a namorar (hmmmmmm!) Ok, ok, vocês me viram na mesma situação também...
- Matamos algumas aulas;
- Viajamos juntas, seja Macau, Pau dos Ferros, Natal ou Recife;
- Pegamos caronas com desconhecidos;
- Fomos cúmplices em pequenos furtos copo de cachaça, garrafas, porta copos e claro, não podemos esquecer da tentativa dos palitos de churrasco no rebouças né?! (vide cuidando de quem cuida);
- Desenvolvemos nossos dotes seja em decoração, entretenimento de crianças ou na cozinha, né mores?!
- Rimos, fofocamos e cantamos (muito) nas caronas para as aulas;
- Tivemos várias reuniões para rir, comer e beber, sendo uma das mais marcantes aquela na casa de Claryssa. Também né, como poderíamos esquecer: Jessica vomitando a casa toda, eu mostrando toda minha flexibilidade enquanto Patrícia me mostrava para todo o instagram, Claryssa mostrando como se rebola e dança até o chão, Talita numa psicose por limpeza e Patrícia dormindo no sofá totalmente embriagada. Esse dia foi foda. Melhor foi acordar com uma puta ressaca moral e ter que ir para a biblioteca municipal ver a galera falando da minha abertura kkkkkk
- Não dá para esquecer também daquela cervejinha que passou da conta e ficaríamos devendo algumas moedas no Didi, se não fosse Claryssa ir lá. Isso nos rendeu mais uma cerveja então obrigada mais uma vez, garota!
- Descobrimos em Talita uma poliglota, Claryssa uma compositora das melhores paródias, eu mesma um ser humano do mundo a parte, Jessica a pessoa que super domina falar em público, inclusive diante das câmeras e Patrícia uma pessoa que tem os mais diversos tipos de orgasmos e até uns acidentes, tipo "AVC Gástrico";
- Tivemos alguns desentendimentos entre nós, nós e R2, nós com o mundo e tudo foi resolvido;
- Abrigamos umas a outras em alguns momentos inusitados como ficar sem água, sem chave ou por não aguentar mais dormir de rede;
- Aprendemos a aguentar a semana da TPM Coletiva.

Gente, tô acabando, juro!

Estivemos juntas para nos acobertar em algumas faltas, durante o acidente de Patrícia no qual presenta para mim um momento de extrema demonstração de fraternidade e acompanhamos o tratamento da mãe de Talita, dona Corminha, e vibramos de felicidade com o fim e sucesso dele.
Compartilhamos risos, suor, lágrimas, perrengues, conquistas e momentos, muitos momentos. Um ano dá para acontecer muita coisa mas acho que ninguém imaginou que o saldo de 2017 seria tão positivo assim, apesar de tudo.
Acho que ninguém imaginou que amizades tão fortes e sinceras poderia florescer em tão pouco tempo e de forma tão bonita. A união que conquistamos nos proporciona fazer coisas significativas para os outros e nos impulsiona a querer mais, nos exercer e nos realizar como profissionais. 
Eu sei, eu vinhemos ser residentes mais o que ganhamos bolsa nenhuma paga, é algo para além da UBS, para além de uma formação.
Meninas, muito obrigada por dividirem as vidas de vocês e participarem da minha, esse é um dos ciclos mais significativos da minha vida. Que o próximos continuemos emanando toda essa luz e amor e que a união prevaleça sempre e que os momentos seja de leveza, aprendizado e conquistas.
Que a esperança em dias melhores nunca nos abandone e que o medo não nos paralise, que o riso seja abundante, que os sobrinhos venha e, é claro que passemos todas em concursos (se possível, juntas). 
Amo vocês, garotas.

P.S.: Eu já havia escrito esse texto e ele tava prontinho para ser lido em nossa confraternização, mas eu não podia deixar de acrescentar aqui o causo do alagamento/dilúvio no apartamento de Patrícia e Talita. Já havíamos saído, plenas e belas quando nos ligaram para voltar ao condomínio pois o apartamento das meninas estava inundado! E não fazia nem 5 minutos que havíamos deixado o prédio. Ao chegar confirmamos, sim era muuuuuuita água e tudo que nos restou foi tirar os saltos, pegar os rodos e rir (muito), limpando a casa. Isso nos rendeu mais um momentos, 45 minutos de atraso e o possível livramento, pois a causa do vazamento é absurda. Ainda assim a noite foi emocionante e incrível. ;)

Amiga Secreta

HA! Olha eu aqui de novo. Essa menina só faz isso né?! Escreve, escreve como se quisesse gritar e não tivesse voz. Acho que ainda não aprendi a falar como se deve, o que se deve e me perco em devaneios, inclusive já estou em um. Só um segundo, deixa eu sair daqui.
Pronto. 
Sabe, cartas hoje em dia são tão raras, escritas na mão então.. nem se fala. Há uma preguiça instaurada a tudo que tenha uma tendência meio vintage. Não sei mas eu acho que há um charme nisso, saber que alguém dedicou um tempo escrevendo linhas tortas e garranchudas, correndo o risco de rasurar e ficar na dúvida se começa tudo de novo ou mantém o erro ali, para mostrar que nem tudo pode sair perfeito mesmo que haja boa intenção de fazer o melhor. Desculpa, fugi de novo do tema, e olha que isso ainda é a introdução. Vou me esforçar daqui para frente, prometo.
Dizem que Sêneca dizia (falo assim porque nunca li nenhuma obra dele, vi a frase na internet e com essa coisa não dá para confiar muito nas fontes, não é mesmo?) que dar um livro, além de uma gentileza, é também um elogio. E acho que você já percebeu que eu não consigo ver algo que considero bom e não compartilhar com aqueles que gosto (e até com os que não gosto muito, as vezes, mas não é seu caso, óbvio!).
Ler esse livro me trouxe muitas reflexões e uma forma diferente de ver e interpretar alguém que é tão conhecido e citado desde que nos entendemos por gente. Na verdade bem antes de existirmos. Espero que a leitura a agrade tanto quando a mim e que ela agregue a seu conhecimento, sua leveza, sua fé e paz.
Aproveitando o ensejo da rasgação de seda natalina, foi uma imensa alegria ter visto seu nome no papelzinho e poder presenteá-la com algo que gosto e também tenho em minha estante. Foi uma alegria imensa conviver com você, rir, partilhar tantos momentos e poder aprender mais sobre simplicidade e como tratar bem as pessoas. Que nossos dias continuem assim até quando for possível e, quando não for, que encontremos formas de criar novos momentos e novos ambientes.
Obrigada por nos presentear com sua presença, alegria e glamour. Obrigada por nos mostrar como ser plena e classuda todos os dias.

Obrigada por ser Claryssa, aquela que brilha, ilumina.
Feliz novo ciclo.
Beijos de luz.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Análise do ponto de vista crítico de uma escritora de gaveta acerca da produção de artigos científicos no Brasil: Um estudo de caso

Tenho ranço.

O texto poderia acabar aqui mesmo, com essas duas palavras, mas acho por bem desenvolver um argumento plausível, para ir praticando para logo menos.
Não é novidade que eu sou uma curiosa nata: sempre gostei de estudar e realizar pesquisas aleatórias. Sempre gostei de entender a origem das pessoas e coisas, processos de criação, como se desenvolverem as boas (e nem tão boas) ideias. Essas coisas. Também não é novidade nenhuma que gosto de escrever mas e é aqui que está o (meu) problema, isto é, a justificativa deste texto: Eu gosto de escrever mas, no momento que junta-se escrita e vida acadêmica... Travo. Simples assim.
A obrigatoriedade de escrever, de produzir conteúdo seguindo normas, de referenciar cada frase que eu pense em dizer, são coisas que me cansam. Palavras metodicamente escolhidas, sem poder imprimir nenhum tipo de sentimento ou personalidade. Um servicinho frio, sem muita autenticidade. 
Eu gosto é de criatividade, de poder expressar o que penso e sinto. Artigos me deixam minhas linhas em preto e branco.
(MESMA, Eu. 2017) 

Pessoalmente acho muito difícil seguir tanta burocracia, regras, rebuscar palavras só para mostrar que sou culta, "letrada" como diria meu avô. Produzir artigo científico me pede para anular tudo que eu sinto, tudo que eu sou, anular minha forma de escrever, tirar as tantas cores que vibram em mim. Elas as vezes são quentes ou frias, ok, mas sempre vibrantes. "Eu escrevo porque sinto uma necessidade dentro de mim de jogar essas palavras em algum lugar" (MENEZES, 2017). Artigos contam com muitas pesquisas, metodologia, justificativa, referencial teóricos, objetivos, blá, blá, blá... falando de forma vaga, claro. Produção científica é importante sim mas eu não gosto dessa necessidade por uma questão de status para o crescimento profissional, para enriquecer o lattes. Acho isso tão... desestimulante! É como se me tirasse a graça de escrever. Fico desencorajada e eu preciso de inspiração para escrever.
Entendo inspiração um plus essencial para o desenvolvimento de alguma coisa de forma criativa, quase iluminada. Quando a inspiração vem o texto simplesmente flui, como agora - diferentemente do artigo que eu passei dois dias sentada na frente desta mesma tela e nem mesmo o tema me veio. Se as palavras não vibram, não sinto o texto.
Coisa de doido né?! Pode ser. Eu gostaria de sentir mais facilidade para produzir esse tipo de texto sério e importante mas, como poderia?! "Há cores em tudo que eu vejo" (TITÃS, não lembro o ano).

Resultado de imagem para cortando asas criatividade
Ilustração metafórica demonstrando o que acontece com pseudo-artistas quando necessitam produzir artigo científico. Para os não pseudo-sensíveis, as asas podem ser interpretadas como a Inspiração. 

"Tem gente que escreve por ego 
Ou só pra fazer firula
Meu texto é simples, sincero
É tinta que sai da medula
Eu chuto as palavras pra fora
E elas que vêm me buscar
Num jogo de bola e gandula"
Gabriel, o pensador

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Legado

Vez ou outra eu paro para pensar em coisas aparentemente banais, aquelas que sempre passam despercebidas, sabe?! Por exemplo, hoje atendi a dona Lúcia Almeida, Hannah Lima, Etelvina Menezes, Luiz Souza... São tantas pessoas, nomes, histórias que as vezes paro nos sobrenomes. Sei lá, difícil ver um sobrenome novo: geralmente eu já vi em outra pessoa e muitas vezes as partes nem mesmo se conhecem, são de outras cidades, estados... Outras realidades. Eu fico pensando em suas origens, o que carregam e penso mais ainda se forem os mesmos que compartilho em minha certidão de nascimento. De onde vieram? Até onde vão? O que significam?
Sobrenome, essa nossa herança, presente dos nossos pais, que herdaram dos nossos avós, dos bisavós e assim vai, numa linha que se perde no tempo. Meu sobrenome paterno, que os livros de história contam que veio da Espanha (tem escudo e tudo, hein?!) faz as pessoas suporem que sou da tradicional família de médicos da minha cidade-natal mas, na verdade, vem de uma cidadezinha chamada São Bento do Norte, no meio do nada. Na família Lima, de minha avó paterna muitos sofreram com a seca, a qual ocasionou, inclusive, a morte de uma bisa, ainda na infância. Tinha também uma Índia não muito distante. Quantas histórias cabem nos nomes de nossas famílias?
Sempre penso nos sobrenomes como legado, marcas, algo que nos acompanha independentemente de nosso querer e traz histórias, boas ou ruins mas que fazem parte de nós. Se somam a nossa essência, nossas raízes em palavras. O meu Souza pode não ter a mesma origem do seu mas certamente traz uma significância seja de luta, prestígio ou ambas. Ou nenhuma.
O orgulho que sinto ao assinar meu nome completo faz-me lembrar que o simples Souza, historicamente de origem portuguesa, esse Souza o comum nesse Brasilzão, está fazendo algo, levando a origem simples da minha família onde quer que eu pise, em cada conquista.
Seja Batista, Holanda, Gama, Diniz, Junqueira, Lopes, Cruz, Fonseca, Dantas, Albuquerque, Nogueira, Mendonça, Vilela, Rodrigues, Donato Oliveira, Silva... Ninguém é " mais um Silva" (Silva vem de nobres romanos, inclusive). Nenhum de nós cabemos num "só". Cada ser é a soma de diversos fatores, inclusive daquilo que nos deixaram, nosso Patrimônio imaterial. Você pode considerar presente ou carma, depende do seu ponto de vista.
Seja simples ou cheio de consoantes, qual sobrenome você se orgulha em carregar?
Qual sua origem? Que histórias carrega?

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Quando você cuida, quem cuida de você?

Este texto foi escrito para o II Cuidando de quem cuida, um projeto realizado na Unidade Básica de Saúde Vereador Durval Costa (Mossoró- RN) no qual a atenção e cuidado são voltados aos profissionais da UBS com o objetivo de melhorar relações intra e interpessoais tanto entre funcionários da UBS quanto entre os profissionais e usuários, contribuindo para o bem estar e melhora na atenção à comunidade. Vamos lá?


Quando você cuida, quem cuida de você?
Sim, a pergunta nos faz pensar, e é normal a resposta não vir de imediato, afinal, cuidamos tanto, nos doamos tanto aqui ou em casa que quase não sobra tempo de pensar sobre isso, sobre nós.
Também, como pensar em si quando se ver ou ouve histórias reais em nossas áreas e não conseguimos ajudar? Como sentar para jantar e lembrar daquela senhora que não consegue comprar remédios pois precisa se alimentar? Nosso trabalho nem sempre é fácil, aliás poucas vezes o é; do SAME ao curativo, conhecemos historias e pessoas que nos comovem e fazem com que aquele sofrimento torne-se nosso, e essa empatia faz de nós, pessoas em franco crescimento, profissionais empenhados e humanizados.
Pensar em nós, em si, é uma forma de manter bem, pronto para se manter ajudando, cuidando. Eu sei, as vezes bate cansaço, raiva, desanimo, tristeza... afinal somos humanos, em nós habitam tantos sentimentos, porém, temos também o poder da transformação: todas essas emoções negativas se vão ou amenizam quando conseguimos ajudar alguém, quando percebemos que passamos o dia sem levar mágoa, ou se conseguimos ver beleza em algo simples.
O objetivo de hoje não é de desassistir a população, mas sim, voltar nossa atenção aos que tanto fazem e se dedicam. Este é um momento para o reencontro com si e com o outro parar fortalecer laços, trocar histórias, carinho e rir. Esperamos que cada um saia daqui sentindo-se mais leve e motivado, sabendo que pode ser luz e levar o bem, ou se preferir o contrário, ser o bem e levar luz.
Sejam bem-vindos ao II Cuidando de Quem Cuida.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Velhos olhos, novas perspectivas

Esse ano tem sido tão intenso que me surpreendo ao fazer algumas leituras e reflexões. No começo do ano ouvi de meu oftalmologia que só tenho cerca de 25% de acuidade visual, ou seja, uma visão péssima. E olha, eu só tenho 24. Como eu fiquei? Tão péssima quanto a visão... Foi difícil imaginar que nunca poderia dirigir, reconhecer pessoas a distância, escrever ou simplesmente ler um livro sem dificuldade. 
Curti minha bad, aliás, curto vez ou outra desde que descobri isso, o ceratocone (cerato, pros íntimos). Apesar da experiência fracassada em tentar usar lentes no passado, tentei de novo. Precisava tentar, por mim.
Hoje, há uma semana usando lentes, quase choro na estrada, ao parar perto de uma placa e conseguir ver suas linhas bem definidas. Ontem consegui enxergar as folhas da copa de uma árvore distante; cara, você não faz ideia de como eu fiquei feliz em conseguir ver a cidade de origem na placa do caminhão ali na frente.
Desde que coloquei as lentes fico rindo e com vontade de chorar, sério. Eu não esperava voltar a ler meus livros como antes, melhor aliás, pois posso manter o livro no colo e ainda assim ver as orações com nitidez. Consigo tantas coisas e me sinto tão feliz com o mundo novo que surge através dos olhos que já perderam 75% de visão, que eu queria poder mostrar as duas formas que enxergo para que você pudesse entender o tamanho da minha felicidade e de como a vida pode ser mais linda quando aceitamos novas perspectivas, novas tentativas, quando acreditamos que há possibilidades para aquelas questões​ sem jeito.
Lindas linhas nítidas me fazem sorrir, conseguir ver o rosto dos meus pais a distância me faz sorrir, ver meus olhos no espelho me fazem gargalhar de tanta felicidade. Acredite, novas lentes podem mudar a vida, mais de uma vida até. Esse ano tem sido de pura gratidão e quando paro para pensar me faltam palavras, nunca tantas coisas boas aconteceram de uma vez em minha vida, uma das melhores foi, sem dúvida, enxergar com "novos" olhos.


P.S.: Podemos pegar essa analogia das lentes e adaptar: será que estamos enxergando as situações do dia a dia com as "lentes" certas?

terça-feira, 6 de junho de 2017

A Dança da vida e a arte dos reencontros

Senta ai, perceba sua respiração e vamos falar sobre biodança. 

Na verdade, eu vou falar um pouco sobre uma vivência e espero conseguir metamorfosear isso, transformar em palavras e te fazer sentir o que senti (meta extremamente difícil).

Para quem não sabe, biodança (ou dança da vida) é uma prática que proporciona o encontro de pessoas com um grupo e com si, além de estimular sentidos e sentimentos através da música. A cada melodia uma nova linha de vivência pode ser estimulada/trabalhada. 
Há vários momentos, com vários ritmos também, uns em grupo, em dupla, ou individuais; a cada troca, era possível perceber o coração pulsar sangue por nossas veias e artérias, sentir o ar entrar e sair dos meus pulmões, sentir minhas pernas sedentárias reclamarem das minhas pequenas extravagâncias, sentir coisas que eu não sinto, ou dou pouca atenção quando sinto. Um dos momento que provavelmente vou guardar por um (bom) tempo foi o de uma melodia lenta e individual no qual nos portávamos sozinhos de olhos fechados e lentamente nos espalhávamos no ambiente, até estamos espalhados no chão, vários corpos se encontrando (com si e com o outro). Ao final nos reuníamos no centro e ficávamos sentido ali, simplesmente sentido: a música o toque, o chão frio, um carinho aqui, outro ali ao som de músicas de ninar. 
Sabe, eu tinha uma tia que durante minha infância sempre nos cantava músicas e inventava brincadeiras para nos entreter, ela era divertida apesar das muitas tristezas e problemas de saúde. Com o passar do tempo ela se mudou e nós nos afastamos, coisas da vida. Há uns 2 anos fui visitá-la e ela se quer me reconheceu, estando completamente imersa numa realidade só dela, até que há uns 10 dias às 6 da manhã recebi a notícia que ela havia falecido. Não foi realmente uma surpresa, afinal, ela estava em coma a cerca de 1 ano, já não se expressava, estava nos deixando. Até o momento daquela cantiga de ninar começar eu não havia me dado conta que não tinha chorado, sentido a falta dela, então, ali deitada no meio daquele emaranhado de corpos eu ouvi aquela cantiga que ela cantava e... chorei. Permiti-me as lágrimas, assim como fiz com o riso. Permiti-me sentir, liberar sentimento contido que até então eu não sabia estar contendo. Perceber isso foi como tirar uma venda, como abrir uma janela (interna ou externa?), quanta coisa podemos conter por hábito do cotidiano? Quanto cabe em cada pessoa? 
Chorei no chão e no momento seguinte, quando estávamos numa roda, abraçados pela cintura e embalados com uma música de aconchego, eu soluçava de tanto chorar e não me importei com isso (diferentemente da minha versão anterior, que era a versa a tais expressões). No fim das contas eu me senti bem, percebi que tenho me afastado muito de mim, de quem quero ser, entrado cada vez mais num piloto automático. Estar ali, hoje, me proporcionou um reencontro comigo mesma, olha... eu nem sabia que estava com tanta saudade de mim!  
A vivência da biodança enfatiza o toque, o se sentir, sentir o outro, encontros (externos e internos), relaxa e nos tira dessa rotina que muitas vezes nos suga, leva nossa energia vital e positividade. No mais, obrigada a todos os presentes por participarem desse momento de tamanha leveza e reencontro. Até a próxima!

"Música é um relacionamento que nunca vai te decepcionar
Um portal que conecta o corpo, a alma, a vida
É o que me faz acreditar nas pessoas ainda"
Sérgio Dall'Orto

segunda-feira, 29 de maio de 2017

DurvaLindas

Meninas, está é a fita de vocês.


Estou indo para casa e como a viagem é longa, já anoiteceu, mas dessa vez nem cochilei. Fiquei lembrando do dia, dos dias, de vocês e cá estou, escrevendo para organizar as idéias. Tento entender como e porquê conheci pessoas tão diferentes e maravilhosas, ou seja, perguntas que nunca responderei porque não é da minha patente. A ordem para isso tudo veio lá de cima, ordens do Criador (valeu, Pai!)
Quando vim morar aqui pensei que ia ser algo bem dificultoso para mim, uma vez que eu sou uma pessoa um pouco difícil para me aproximar das pessoas; quando não estou à vontade ou viajando muito, fico off e... tchau mundo (vocês já sabem disso), é tanto que uma das minhas metas era fazer amigos. Para tal teria que fazer um imenso sacrifício, que na real nem foi. Quando vi nossos nomes no quadro, confesso que não me fez muita diferença, afinal, não conhecia ninguém então só torci para que não fossem insuportáveis. Deixa eu contar um pouquinho sobre elas (espero não rasgar muita seda).
Meu primeiro contato foi com Talita, que veio com um jeito meio ansioso querendo saber se eu já tinha arranjado moradia, se queria dividir com ela e mais uma. Mesmo já tendo a ideia de morar só e gostar disso, concordei em procurarmos juntas, uma prova pessoal que estaria aberta a todas as possibilidades durante esse novo ciclo. Logo conheci Patrícia, que de cara me pareceu bem enjoada mas eu poderia lidar com isso; no dia da tenda do conto, ouvi brevemente a história de Rebeca e soube que era ela a enfermeira com um bebezinho que queria ficar naquela unidade por ser perto de casa, senti empatia por ela. Jéssica e Claryssa eu já conheci na UBS, antes disso não lembro delas (foi mal, gatas).
Lembro que logo no começo viajei com Talita de ônibus e, antes, fiquei com umas neuras "meu Deus, uma viagem longa dessas... E se a conversa não bater? E se ficar constrangedor?" Grande erro! Conversamos a viagem toda e eu já ganhei uma amiga (em tempo recorde), fiquei tão feliz por encontrar alguém com uma essência tão bonita, tão feita de amor da cabeça aos pés. Ela exala amor e alegria onde passa, é daquelas que a gente quer ter por perto, divertida que só ela. Acho que nunca me senti tão à vontade tão rápido para conversar sobre TUDO da minha vida, nem minhas amigas mais antigas souberam tanto de mim assim (não tão rápido, acho que isso tem a ver com a maturidade também) e eu me sinto tão bem por ter você por perto, até os puxões de orelha são válidos.
Patrícia, apesar da cara de metida que permanece, é uma pessoa linda. É não é porque é uma musa fitness não viu?! Dona de um coração enorme! Não se engane com essa cara de rica, ela já ralou muito na vida (um milhão de empregos, né?!) e adora potes de açaí kkkkk não, pera, corta isso, ela cuida dos que ama como uma leoa, ela se importa com o próximo, te bota para cima só por estar no mesmo ambiente (Patrícia é vida!).
Receba é a calma e paz em pessoa, cheia de -inhos (mãezinha, bebezinho, cartãozinho...), nem parece que vive numa correria dobrada que é a vida dela, toda tranquila, aparentemente. Admiro muito essa força de vontade, essa bondade sem fim (saiba que suas caronas tranquilizam o coração da minha mãe, obrigada por isso).
Claryssa tem cara de menina rica e postura também, ela é divertida, ansiosa (já quer decidir horário e roupa quando se fala em rolê kkkk). Eu gosto da resolutividade, do cuidado e das gargalhadas (tu compõe músicas como ninguém amiga, invista nisso!). Você, que queria amigos nessa cidade nos abraçou de uma forma tão fraterna, tão bonita... É até difícil descrever.
Por fim, ela. A filhinha de Claryssa, a fofa, xodózinho das Durvalindas, a que topa tudo (até dançar quadrilha sem música, do nada, comigo). É tão fácil estar com ela, pensamos parecido em muitos aspectos, gostamos de coisas parecidas (o mapa não mente, né?!) é muito fácil ser amiga dela e querer ser (mesmo que ela vomite uma vitamina deliciosa que você acabou de fazer).
Sei que não sou a fofa, o amorzinho que vocês achavam que eu era, mas depois dessa rara rasgação de seda, deixem-me ser (mais) fresca. Sabe, acho cedo para dizer que amo, mas Talita disse que amor não segue cronologia, então, meninas, amo vocês, vocês são a família que tenho aqui e acho louco, incrível e lindo a forma que nossa amizade tem crescido e se solidificado. Com vocês tenho me tornado uma pessoa melhor, tenho aprendido novas coisas sobre amizade e nem sei como agradecer por ter vocês comigo.
Vocês são pessoas incrivelmente loucas (todas!), maravilhosas, fortes, humanas, divertidas... as qualidades de cada uma nos faz um grupo diversificado e ao mesmo tempo unido. Ainda há muito para conhecer umas das outras, para aprender, mas eu já estou bem feliz com o que conheço e com o que temos, vocês são presentes.


P.s.: Desculpem informar, mas mesmo quando esse ciclo acabar vocês terão que me aguentar, por que eu sou muito ligada a família, não importa onde estejam. Lidem com isso.


P.s. 2: Vocês são muito sortudas por me terem por perto. 
           Somos sortudas por termos nos encontrado.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Coisas da Vida

Oi, deixa eu te contar algo que talvez não faça a menor diferença para você mas que talvez te faça sorrir com a reflexão, assim como me fez. Ontem eu tava meio bad por causa dos meus olhos (essa visão nem sempre boa) aí hoje fui fazer uma visita e a mãe do paciente pediu para tirar uma foto minha para mostrar a netinha o quanto meu cabelo era bonito. Depois do atendimento essa senhora foi me acompanhar até a unidade de saúde, afinal, eu não conhecia bem o caminho e, durante o trajeto um senhor me parou e disse "moça, deixa eu te pedir um favor, do fundo do meu coração?" Eu pensei que era sobre atendimento, para que eu realizasse alguma visita ou marcasse alguma consulta, coisa do tipo, mas aí ele continuou "... Nunca alise seu cabelo, ele é lindo, muito bonito... Você é! Hoje em dia tanta gente com cabelo alisado, tanta gente querendo ter um cabelo assim e não pode..." e saiu sorrindo e elogiando. Já de volta ao meu local de trabalho uma das colegas de trabalho pede para eu trocar de cabelo com ela.  
Conclusão: passei o resto da manhã sorrindo e pensando como as coisas da vida são, os olhos não estão lá essas coisas mas o cabelo... olha, tá numa fase boa hein?! 
(A vida adora uma zueira!).

quarta-feira, 10 de maio de 2017

A culpa não é sua

Olha, hoje não estou em um bom dia, de modo que, desculpa, mas vou desabafar aqui mesmo, com você, que não tem nada a ver com isso, só está passando por aqui, eu sei, mas vai ser você.
Só escrevi três linhas até agora e já estou irritada porque não consigo distinguir as letras que digito. Nem o teclado estou vendo bem, avalia a tela. 
Queria continuar, mesmo agora, sendo aquela pessoa que faz as piadas mais escrachadas de si, mas hoje... não dá. Tô bad!
Ouvir, aos 23 anos, que perdeu mais de 75% da visão em ambos olhos não é algo muito animador. Faz pensar no futuro e dá medo, muito medo. Pensar no quanto preciso dos meus olhos e sentir que eles simplesmente não estão aptos para continuar vendo cores e traços é desanimador. Muito foda.
Eu queria fazer de conta, até para mim, que estou animada com as alternativas, mas não. Hoje eu só queria passar o dia deitada, com os olhos fechados para não ter que ver esses borrões por todos os lados, se quer meu rosto me é nítido no espelho. Estou tão amarga! Quero brigadeiro para adoçar a vida e as expectativas. Quero nitidez para ler meus livros, estudar, assistir tv ou cumprimentar as pessoas sem fazer careta tentando reconhecer seus rostos à distância mínima. Hoje estou cansada de me esforçar tanto para enxergar e vê apenas rascunhos mal feitos, borrões de uma realidade que não me quer. Parece que corri uma maratona e ainda estou extremamente longe da linha de chegada. Cansada, acabada e ainda perdedora.
Quero mais do que esse tão pouco que há, quero tanto que até estou escrevendo isso para provar para mim mesma que posso escrever, mesmo que com enormes borrões, apesar da fonte ampliada. Quero ter força para dizer a essa patologia "ei colega, sei da sua existência aqui, mas eu posso com você! Sou durona, viu?!" mas hoje não vai dar. Hoje ela está ganhando. Ontem também. Tá, há algum tempo ela vem ganhando.
Desculpa chegar aqui assim e despejar essa energia tão negativa em você, que não queria, juro, mas não posso falar essas coisas para os que me amam, eles torcem tanto... Não gosto de roubar esperanças. Acontece que tá foda ser forte por mim e por todos, então hoje eu resolvi descansar, por mim. Mas ó, obrigado por me aguentar durante todo esse tempo, sempre em todos os momentos. Você é um ótimo "ouvinte" e é por isso que amo tanto você, blog querido. Na próxima visita vou tentar te trazer palavras (e sentimentos) mais alegres. 
Beijo!



P.S..: desculpe os erros ortográficos.

Ah, mar!

Desde criança amo praia. No tempo em que eu levantava cadinho para assistir desenhos no sofá da sala, meus avós maternos levavam todos os netos para a praia nos domingos bem cedo (éramos 5 na época). Brincávamos como se nunca tivéssemos ido ali. Eu, claro, não queria sair da água.
Tal paixão pelo mar nunca me deixou e fico feliz por isso. O mar me causa uma sensação de leveza muito boa, me encanta. Sempre gostei de passeios de balsa, barco e tudo que envolva aquela água salgada. Sentar na areia de uma praia significa aprimorar meus sentidos e me desligar do mundo. O som das ondas quebrando, o sol refletido nas ondas, o gostinho salgado que fica na pele, o frio e o arrepio vindo da brisa... Tudo me deixa em outra estação, bem longe daqui, coisa que nenhum entorpecente consegue fazer. Acho que nossa relação de puro amor se intensificou desde o dia em que encontrei a plenitude pela primeira vez.
Eu tinha quase 18 e estava numa praia, famosa por sua beleza, com uns amigos. No fim da tarde do nosso segundo dia lá, fomos dar uma volta no calçadão e sentamos em uma escadaria que levava a areia da praia. Eram quase 17h e ventava bastante. Sentamos em silêncio e contemplamos. Logo os pensamentos cessaram e veio uma sensação boa, como se o mundo fosse perfeito e eu fosse inteira. Encontrei a paz. Não sei definir bem como, mas era uma sensação que dava vontade de gritar, cantar e ao menos tempo ficar quietinha. O sorriso era inevitável, assim como o arrepio na pele. A paz invadiu meu coração ali, naquela praia que fui pensando em bagunça.
A paz não é branca como dizem e divulgam por ai. Ela é multicolorida, um prisma lindo e tem um gosto salgado.
Depois dessa experiência, encontrei a plenitude mais duas vezes e todas elas foram de frente ao mar, então como não amá-lo? Como não tentar encontrá-la sempre que puder?


Meu refúgio, meu lugar, meu mar. Longe de ti fico perdida, vazia. Te ver e não me alegrar não faz sentido. Não te ver por muito tempo é absurdo, faz mal a minha saúde (física, biológica e mental). Me perco e me acho ali, diante de ti.
"Chegaste, e desde logo foi verão.
Teresa ainda não sabe se é um bom livro. Jamais saberá. Jamais terá critérios para avaliar aquilo que ela mesma escreve, Mas tampouco se deixará oscilar demais com o que os outros dirão. Isso porque suas próprias palavras ficam, para ela, num lugar um tanto quanto inacessível. Teresa dificilmente será uma boa leitora de Teresa."


Adriana Lisboa, em Um beijo de colombina

Filhos? Melhor não, obrigada

Eu acho que seria uma boa mãe. 
É, acho que eu seria sim. Seria daquelas que conversa numa boa, sem diminuir os filhos contando com o grande argumento "eu-sou-sua-mãe-ponto". Iria brincar como se tivesse a mesma idade, estimular a leitura e, principalmente, ajudaria a desenvolver o pensamento crítico e reflexivo. Acho que eu conseguiria formar homens e mulheres de bem e de valores afinal.
Mas não, decidi há algum tempo que não quero filhos. Se eu encontrar algum cara que me faça querer dividir a vida com ele, espero que também não queira espalhar seus genes por aí. Não é uma questão egoísta, eu até queria mesmo ter algumas crias (isso mesmo, no plural, todo mundo tem que ter irmãos), mas acho injusto e desumano condenar alguém propositalmente para viver nesse mundo. Temo o que será da minha vida nos próximos anos: Escassez de água, empregos, calor excessivo, violência crescente, descaso com educação e saúde, fanatismo, corrupção, alienação... São tantos absurdos que não consigo aceitar uma "mini-mim" solta e desprotegida por aí, sem a liberdade de ser feliz como se deve ser. Quero que este Ser seja tão feliz que não quero que venha e encontre esse mundo doente de tudo.

Parece que abriram a caixa de Pandora e perderam a tampa. 
Ter filhos é de uma responsabilidade tão grande que desde já não cabe em mim, não posso garantir liberdade, segurança e saúde para uma pessoinha nesse mundo que vivemos, infelizmente. Nessas horas penso em meus sobrinhos, nos filhos dos meus primos e nos dos meus amigos... Quero tanto bem a essas crianças que sou/serei uma tia fantástica. Todo amor, carinho e proteção que não usarei com os filhos que não espero ter será revertido para esses anjinhos que não saíram de mim mas que também serão motivos dos meus sorrisos.
Sei que ser mãe não é só parir. É criar, cuidar, proteger, pensando assim já poderia ter vários filhos mas, acredito que gerar um ser é uma experiência à parte. Saber que fecundei, desenvolvi, pari, eduquei e vi crescer uma criança que saiu de mim é algo que não posso sequer imaginar a sensação. Saber que o mundo que estamos deixando para as próximas gerações é tão caótico e absurdo que não posso conceber a ideia de passar meu DNA, o DNA da minha família à diante. No que depender de mim, acaba aqui. Vou cuidar dos meus sobrinhos (de sangue ou postiços), vou criar animais, talvez até adote algumas crianças que não tiveram culpa por nascer e por algum motivo não terem pais para cuidar delas. Vou orar para que o mundo seja um lugar melhor, não para mim, mas para os pequenos que estão vindo. Que o universo conspire à favor deles. Amém.

Passos para pegar qualquer mulher

Hoje, passeando pela infinidade de vídeos disponíveis no YouTube (vários deles são perda de tempo, é fato), acabei esbarrando em um bem interessante. O protagonista do vídeo garantia que com apenas 3 dicas "infalíveis" era possível conquistar qualquer mulher via texto em redes sociais. Qualquer mulher. 
Veja só: a ideia do cara era despertar a curiosidade da mulher (o que não é muito difícil, já que nós somos curiosas por natureza) com uma frase-chave, algo que funcionaria com todas as mulheres do mundo, e depois de chamar atenção, prendê-la numa conversa iniciada com frases generalistas também. Por fim o cara consegue sair e pegar a mulher. Com menos de 24 horas de conversa espaçada. 
Ao final do vídeo o cara diz que depois que desenvolveu as técnicas tem qualquer mulher disponível a hora que quiser e mais, vende inclusive um curso onde ensina tooodas as técnicas par pegar mulher.
Agora eu pergunto: até que ponto 'pegar' mulher é tão importante assim? Quer dizer, uma coisa é o cara ser extremamente inseguro e precisar de ajuda para começar algo, outra coisa é fazer isso apenas pelo prazer pegar quantas mulheres quiser, quando quiser.
Eu sei que há caras escondidos por aí, com dificuldade para chegar na garota que se interessa, mas num vai nessa onda não... Sinceridade é o maior afrodisíaco para uma mulher. Vai por mim, além disso, seja mais que um cara generalista que diz a mesma coisa para todas as mulheres, gostamos de exclusividade ;). Por fim te aconselho a ser um cara divertido, se não der certo, pelo menos vocês terão dado algumas gargalhadas juntos. Boa sorte Homens (não moleques)!

Fotografia

O que vai ficar na fotografia
São os laços invisíveis que havia

As cores, figuras, motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos
E afeto em frente ao mar

Quando as sombras vão ficando compridas
Enchendo a casa de silêncio e preguiça
Nessas horas é que Deus deixa pistas
Pra eu ser feliz

Leoni

Não sei ser morna

Minha gente, pessoas queridas, vocês precisam aprender: eu sou esquisita. Já tentei não o ser e isso não funcionou. Hoje em dia até acho bom, me sinto livre para ser a estranha que sou sem dever explicações. Mas nem todos sabem, nem todos entendem então preciso dizer que quando eu me afasto, realmente quero me afastar. Isso não é uma forma de pedir adulação ou chamar atenção. Só quero ficar só, na minha. Quando estou irritada fico extremamente chata e por isso prefiro ficar só. É um ciclo. Basta me deixar com meus pensamentos e minhas músicas que eu logo volto ao "normal" (o que é normal?). Como não sei guardar coisas ruins, logo melhoro e já esqueço.
É que não sei ser morna: ou quente ou fria. Não sei fingir estar bem, sou autêntica e extremista, ou 8 ou 80, sabe?! Desde sempre fui esse redemoinho de emoções gritantes que me fazem essa estranha oscilante que sou. Mas não é de todo ruim e sempre há um motivo, nem que seja um pensamento, uma manchete na TV, um fato aparentemente banal e despercebido em uma roda de amigos, mas sempre há. Mas, como disse, basta me deixar em paz. Logo passa.

"É só hoje e isso passa

Só me deixe aqui quieto
Isso passa
Amanhã é um outro dia
Não é?"

A via láctea - Renato Russo

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Arrudiando

Ooooi pessoas!

A partir de hoje começarei a alimentar o marcador Arrudiando com textos sobre esse novo clico da minha vida no qual estou começando do zero: novo emprego, novos amigos, nova cidade. Vida nova!
Aqui no nordeste utilizamos muito essa palavra que significa "dar a volta". Eu estou dando voltas, idas e vindas, volta por cima, como queiram interpretar. Bora arrudiar também?
Espero ter boas histórias para contar. ;)

Ano novo, vida nova

Eu comecei o ano com muitos, muitos planos. Ia mudar o endereço do meu consultório, ia começar a utilizar novas técnicas, comprei novos equipamentos, ia iniciar meu trabalho voluntário... Eram tanto planos! Mas sabe como a vida é zueira, né?! Vem e muda todos os planos.
Ano passado eu coloquei minha vida nas mãos de Deus. Não um contrato firmado diante de muitas pessoas numa igreja, foi coisa simples: um bate papo entre pai e filha. Eu disse que estaria onde ele quisesse que eu estivesse e, quando a oportunidade, que eu já não tinha esperanças em conseguir, veio... não tive o que fazer, pensar ou questionar. Só fui.
Eu acredito que os planos dele são muito melhores e maiores que os meus e a chamada para a Residência que eu queria foi uma surpresa (das boas!). Veio depois da data esperada e eu já estava agilizando os ouros planos. 
Mudei tudo: planos, metas, cidade,.. Começar uma vida nova, praticamente do zero. Arranjar uma casa, deixá-la com cara de lar, fazer amigos, contribuir na melhoria de outras vidas, aprender, me melhorar mais como pessoa e profissional... Era tanta coisa acontecendo de uma vez que eu só conseguia agradecer e pedir que continue a me guiar.
Logo na primeira semana consegui pessoas incríveis e logo me aproximei dos que simpatizei. A escolha do local de trabalho foi possível e tive que ir para sorteio, por sorte ou destino, fui sorteada para onde eu queria estar (parece que estou em sintonia com os planos de Deus, não é mesmo?). Neste lugar conheci minhas novas amigas e, sinceramente, a cada dia me sinto mais em casa. Não quero me estender muito aqui, até porque haverão mais alguns textos sobre este lugar, estas pessoas e as vivências. Esperem, posso demorar, mas sempre volto! ;)
No mais, em resumo, é isso: vim e estou feliz com os caminhos que tenho seguido (e que continue assim!).

quarta-feira, 15 de março de 2017

Ciclos

8 de fevereiro
(Ao som de Leve com você - Natiruts)

A vida é cheia deles, uns mais floridos, outros mais sofridos, uns no piloto automático e tem também aqueles que passam a sensação de "O que tá acontecendo aqui?".
Tem o ciclo do fim da escola, troca de emprego, fim da faculdade, início/término de relacionamento e claro, o do aniversário.
Hoje eu encerro um ciclo e começo outro. Estou com uma vontade enorme de escrever e, como não sou me conter, cá estou. Eu sempre penso sobre o ciclo passado e o que eu quero para o próximo. Penso e deixo na mente, dessa vez quero escrever para que possa avaliar melhor, no futuro. Vamos lá?
No ciclo passado aconteceu tanta coisa, foi tão importante na minha vida e tão corrido, tão puxado, cresci tanto... nossa! Parando assim para pensar... o texto vai ser longo! hahaha
No ciclo dos 23 eu engordei muito (e perdi tudo também!), fiz minha primeira tatuagem, montei meu primeiro negócio, cometi erros no investimento também. Ano passado firmei mais ainda as amizades antigas e fiz novas. Ri com amigos, conheci lugares novos, fui inspiração para outras pessoas (isso foi lindo), Perdi meu primeiro amigo pet :/ Ganhei um novo amigo pet tão lindo e carinhoso quanto o outro (talvez até mais carinhoso). Ano passado eu me decepcionei com pessoas, tentei ser uma pessoa melhor, comecei a mostrar mais meus textos e até "publiquei" meu primeiro livro físico (edição única e limitada à um exemplar - presente de aniversário para minha mãe). 
Quando paro para pensar que cresci tanto como pessoa fico besta aqui rindo para essa tela. Consegui ser mais aberta a conversas, a tentar ser mais quem eu sou e deixar que vejam. Conheci um cara muito gente boa e fico feliz com a paciência que ele tem tido com meu "jeitinho meigo" de ser.
Sabe, me vi como alguém capaz de fazer mais, por tantos, por todos, por mim. Sim foi um ciclo feliz e quero que esse que está começando seja, uma continuidade das mudanças positivas. Que a felicidade e o crescimento estejam presentes e que eu possa voltar aqui com novas ideias e histórias sobre dias (incríveis) que virão.


Não importa se só tocam
O primeiro acorde da canção
A gente escreve o resto em linhas tortas
Nas portas da percepção
Em paredes de banheiro
Nas folhas que o outono leva ao chão
Em livros de histórias seremos a memória dos dias que virão

Exército de um homem só - Humberto Gessinger

Quando a Mágoa fala mais alto que a Ética

Agregar conhecimentos é uma coisa bastante necessária em minha área de atuação (acho que na de todo mundo) e fazer cursos não me é algo desgastante, pelo contrário. Gosto de beber de várias fontes, não acho interessante se aprisionar a uma única escola ("é isso e acabou"). Feita a introdução da coisa, vamos a historinha de hoje.
Fui fazer um curso rápido em escola B e faço outro, mais longo, em escola A. São cursos diferentes, ministrantes diferentes, organização diferente então acho que tenho ganhado bastante quanto a isso. Desde o começo observo o quanto as organizações de ambas escolas são empenhadas e competentes mas vejam só, a organização da escola B, sabendo que eu estudava também na escola A veio, assim do nada mesmo, me contar de uns desentendimentos que teve com a organização A. Não vou entrar em detalhes, mas, em resumo, disse que era falsa, hipócrita, mal caráter e antiética. Confesso que fiquei sem palavras, mas uma pergunta ecoou em minha mente: quem é pior?
Sabe, o que ela me disse mostrou mais sobre ela do que sobre àquela a quem se referiu. O que ela disse pode ser verdade, mas, havia necessidade? Não somos amigas nem nada parecido, nossa relação é totalmente profissional e esporádica e isso tudo me levou a pensar o quanto uma conversa com menos de 5 minutos pode mudar tanta coisa, não é mesmo? Eu que havia a elogiado naquela manhã, fui dormir sentindo uma leve decepção e até dó. Ela é tão competente, seria melhor para ela se desfazer da mágoa e não deixar que isso entre no ambiente de trabalho. Mas enfim, quem sou eu para dizer o que ela deveria ou não fazer? Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é (Sábio Caetano quando disse isso).

Espero que elas se resolvam ou que pelo menos superem a mágoa e, enquanto puder, eu continuarei fazendo cursos nas duas porque sim.

2017 (só vem, seu lindo!)

(Escrevi em Janeiro mesmo, juro!)

Primeiro texto do ano! Tanta coisa acontecendo de uma vez que, sinceramente, nem tô processando tudo, nem tô escrevendo para organizar em mim. Vai ver por isso que me sinto o tanto perdida, estranha, sei lá. Poderia escrever sobre um monte de coisas mas, para o primeiro texto do ano, queria algo "pra cima", algo que me desse mais que pessimismo. Quero esperança. E por isso resolvi listar aqui minhas metas para o ano. Geralmente escrevo em uma agenda que fica guardadinha, longe dos olhos curiosos mas, não custa mudar um pouco vez ou outra. Vamos lá?

Estudar, estudar, estudar. Quero estudar mais e melhor os assuntos abordados na minha pós, quero estudar mais SUS, atenção básica... Quero estudar para concursos e inglês também. Estou pensando em um mestrado para o ano que vem então preciso me preparar desde já, com um projeto bacana, cursos capacitantes... Esse ano quero me dedicar mais ainda aos meus pacientes, seja onde for;

Escrever mais. Ano passado coloquei na cabeça que devo escrever mais sobre aquilo que gosto: minha profissão. Quero que o ato de escrever seja mais que um hobbie, que isso possa levar informações concretas para pessoas da área e curiosos. Pretendo usar mais as redes sociais e todas as mídias possíveis para divulgar meu trabalho, o que não é tarefa fácil mas vamos tentar!

Escrever mais aqui também e nos meus outros blogs ;*

Cuidar mais de mim. Isso inclui meus cachos, minha pele e meu corpo torto e flácido kkkkkk Quero melhorar meu condicionamento físico e força e claro, se possível, não sentir vergonha de usar um biquíni de vez em quando.

- Ah, me alimentar melhor também! Talvez eu procure um nutricionista para me ajudar.

- Ler. Eu amo ler mas a cada ano que passa tenho lido menos livros no ano. Em 2016 foram 16, o que pode não parecer ruim mas se considerar que em outros anos minha média era 45, então sim, 16 não é tão bom. Queria ler no mínimo 2 livros por mês e a Bíblia, que quero ler no decorrer do ano por completa. Ler é um habito que me faz muito bem, melhora minhas ideias, falas e escrita, me acho nas palavras. E não se engane, eu sempre estou lendo muito, artigos científicos, contos, crônicas, poemas, poesias... mas quando falo ler, refiro-me aos livros, coisas longas sabe? Romances. Eu gosto de entrar nas histórias, viver um pouco daquelas vidas.

Ver meus amigos. Quando eu estava na escola via todos os dias meus amigos, aqueles que não estudavam comigo eu via vez ou outra, nas férias, mas sempre nos víamos. Depois veio a faculdade e agora a vida adulta e com isso, as agendas que não se batem. É difícil, com a nossa ânsia por ter entrar (e se firmar) no mercado de trabalho e estabilidade financeira, não entrar no piloto automático e simplesmente passar pela vida. A gente faz isso muitas vezes, embora não queira e quando nos damos contas já não somos convidados para sair, já não lembramos quando foi a última vez que conversamos na calçada de casa ou quando jogou aquela pelada com os amigos. Cabe a nós reservar um tempo para o que importa. Há uns anos essa meta faz parte das minhas prioridades e tenho cumprido bem: Encontrar cada amigo meu pelo menos duas vezes no ano. Nem que seja só um açaí no fim da tarde ou uma cervejinha pós trabalho na sexta. Um tempinho para ver, abraçar e rir um pouco com as histórias antigas e novas também. Reunir todos é uma missão ainda maior (porém melhor) mas seu eu conseguir ver, nem que seja um de cada vez, já fico feliz. Vejo muita gente mais velha que eu com poucos amigos e quando questiono o porquê dizem "Ah, eu tinha muitos mas, comecei a trabalhar, depois casei ai vieram os filhos... Perdemos o vínculo". Eu preciso dos meus amigos, gosto do vínculo e, mantendo-os, não me sinto atropelada pela vida.

- E por falar em amigos quero visitar pelo menos uma das minhas amigas que está morando longe (tipo longe mesmo!)

- Ah, uma meta bem importante desse ano: deixar que gostem de mim. Eu tenho o péssimo hábito de está na defensiva (sempre) e com isso afasto muita gente. Afasto mané com certeza mas assim também se vão os bons. Esse ano quero sentir essa coisa que faz pessoas andarem de pantufas em lugares públicos felizes só por estarem do ao lado do ser quem amam e nem ligarem por olhares alheios que dizer "Olha lá aqueles doidos!", e eu vou dizer, "é, somos mesmo".

Hm....Acho que é basicamente isso. Não que não faltem metas mas pensando no macro, tá tudo aqui. E caso não esteja, eu volto para completar. Ao final do ano faço um outro texto contando se as metas foram batidas (ou não).

E você, quais suas metas?