segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Quando uma amiga-irmã casa

Este final de semana foi um dos mais corridos e felizes desse ano. Entre os compromissos estava o casamento de uma das melhores amigas que encontrei na faculdade (e na vida). 
Ela é daquelas pessoas "ogrinhas" mas sempre preocupada em ajudar e apoiar os amigos, bem como eu. Uma bruta com um coração enorme, um amorzinho lá no fundo (bem fundo). Desde que a conheci era noiva de um cara igualmente do bem, alguém que não tive muito contato pessoalmente mas que conhecia indiretamente através da minha amiga. Pelo cuidado que ele tinha, atenção, respeito, sentimento e paciência (haja paciência viu, ítalo?!) com ela eu sabia que eles iam casar algum dia. O casamento desses dois era algo certo para todos, restava decidir a data, e foi sexta - 2 de dezembro. Eu poderia ter muitos motivos para não ir (morar em outra cidade, meus pacientes, aula no dia seguinte, compromissos inadiáveis e etc.) mas havia apenas um para ir e o mais relevante de todos: minha amiga ia casar, oras! 
A relação que tenho com aqueles que dou esse título é tão tangível e sincera quanto a que tenho com meus irmãos - que não é nem um pouco fraca. Eu não me perdoaria se deixasse de estar ao seu lado, dividindo essa felicidade, dividindo um dos momentos mais importantes da sua vida. Seria como perder o casamento da minha irmã, ou seja, impossível!
E quer saber? Mesmo não rendendo nada na aula do dia seguinte, mesmo estando extremamente cansada, não me arrependo nenhum pouco e faria tudo de novo, só para te ver entrar na igreja com aquele sorriso enorme e nervosismo, por te ver usando aquele tanto de maquiagem (nunca tinha de visto tão maquiada!) e aquele vestido tão lindo com aquele véu enorme e certamente pesado que teria te deixado com dor no pescoço por puxá-lo se o trajeto fosse maior. Eu não poderia deixar de ver a emoção nos olhinhos brilhantes de ítalo quando te viu caminhar até o altar e com aquele sorriso que mal cabia no rosto. Não tinha como eu perder de ver o tanto de amor que há em vocês e a cumplicidade que havia em cada troca de olhar durante a cerimônia. 
Senti algo tão grande em mim naquela noite! Era uma mistura de felicidade, orgulho, amor e uma vontadezinha de ter algo assim também um dia (veja só, logo eu que nem penso em casar, fiquei assim, tamanha lindeza eram esses dois juntos!). Momentos assim, pessoas assim, me fazem crer que o amor existe, que certas coisas valem a pena e que, ali, na união dos que se amam surge mais uma chance de melhorar o mundo, de tornar esse um lugar melhor, nem seja só para uma pessoa, ou algumas próximas por que, sério, o sentimento de vocês me fez bem e isso é lindo. Se algum dia eu casar, quero vocês lá.
Na recepção pude ver seus toques, Lynelle: vi seu capricho e empenho em busca da perfeição, o que fez de uma festa pequena e simples algo muito bem decorado, bem servido, agradável e, sem dúvida, inesquecível. Uma das melhores (se não a melhor) festas de casamento que já fui.
Minha amiga-irmã, Lynelle e Ítalo, meu mais novo cunhado (posso te chamar assim mesmo?) muito obrigada por dividirem comigo e com todos ali um momento tão importante e bonito da vida de vocês, me sinto até um tantinho especial só por ter ido. À vocês desejo que esse novo (e looongo) ciclo seja cheio de luz e bons momentos, que o amor seja renovado a cada dia e que tenham paciência e sabedoria para enfrentarem as adversidades e peculiaridades da vida a dois (tipo a chatisse de Lynelle). Desejo com todo meu coração que Deus os abençoe com uma vida próspera e cheia de alegrias e, claro, que meus sobrinhos venham em um futuro não tão distante. 
Continuem cuidando (muito) bem um do outro.
Amo vocês.