quinta-feira, 19 de abril de 2018

Fofoca Reversa

Você já foi vítima da fofoca reversa? Funciona assim: Quando você chega num ambiente as pessoas apontam para você e cochicham "é ela" "essa ai, ó"; você vai passando em algum lugar e ouve seu nome no meio de uma conversa; e as vezes alguém te para no meio de seu trajeto em um dia normal para falar o que pensa de você, na sua cara. 
E sabe o que mais? É a melhor coisa do mundo.
Eu já passei por isso outras vezes, mas hoje parei para refletir sobre minha alegria com meus dias e conclui que a fofoca reversa tem lá sua contribuição no meu estado de espírito, vê se não é motivo suficiente.
Cheguei no trabalho com uma roupa comum na minha prática, legging, camiseta e sapatilha, pra variar um pouco, coloquei um turbante e óculos de sol. Pronto, foi o suficiente para que houvessem cochichos quando cheguei. Passei novamente no corredor e alguém pergunta "Você é a fisioterapeuta?" Sim, respondi, já imaginando que a senhora ia reclamar por causa do horário ou coisa assim, mas para minha surpresa ela abriu um sorrisão e disse "Que coisa boa! Além de ter minha consulta hoje ainda será com você, tão linda! Me ensina a fazer esse penteado?" Ensino sim, pode deixar, chamo já a senhora. (Rindo desde o sorriso dela).
Chamei a primeira pessoa e os elogios continuaram, e melhor que isso, relatou estar observando melhoras significativas, estando praticamente de alta. O segundo disse que faz todos os exercícios e não sente dores relevantes, acredita que com a ajuda deles pode ficar bom, e pode mesmo. Disse que contou para um amigo e o amigo não acreditou ai ele mostrou uns e o tal amigo tentou fazer em casa e disse que sentiu-se bem "Mas vá lá na 'doutora' que ela te consulta, avalia e passa exercícios pra você", ele disse. "'Doutora' enquanto eu tava ali fora esperando, fiquei conversando com o senhor e ele disse que tem dor no punho. Eu disse que não tinha porque fazia esse alongamento aqui que a 'senhora' ensinou e mandei ele te procurar porque a 'senhora' tem uns exercícios certos". A terceira recebeu alta, dizendo não sentir mais nada há duas semanas, só disposição. Ensinei a amarração do turbante para a senhora que me parou na recepção e ela disse que queria em outra ocasião ver meu cabelo solto porque disseram a ela que ele é lindo e que tentará fazer a amarração em casa e se der certo, nem na próxima consulta. Engraçado pensar que algum dia da minha vida eu tive receio em usar esse cabelão volumoso, esse turbante alto e chamativo ou que já ouvi alguns comentários desnecessários sobre esse mesmo cabelo. Como é bom ver que nada é, tudo está.
A noite ouvi uma amiga questionar por quê a medicina era tão valorizada se a fisioterapia era Deus em forma de profissão, pois só poderia ser algo d'Ele o que fazemos com as mãos. Achei tão lindo, me desmontou toda, tamanho elogio não a mim mas a profissão que me escolheu.
E coisas desse tipo seguiram ao longo do dia. No dia anterior, no outro, no decorrer da semana... Como a pessoa fica senão grata?! Grata por poder usar o que aprendeu para ajudar o outro que eu mal conheço mas me procurou por ter alguma esperança que posso fazer alguma coisa por eles. E eu tento, tento muito. E quando dizem que falam por ai o quanto se sentem bem, que conseguem fazer coisas que há tempos não faziam... Alegria sem fim em sentir podemos ser luz e levar o bem.

Se você já foi "vítima" de fofoca reversa, não cale-se, passe a ideia a diante, pratique também. Fale, inclusive, na cara e melhore o dia de alguém. Todos estamos interligados de uma forma ou de outra e, o bem que você faz volta para ti. 

Escolha bem a energia que você emana.

Muita luz!