domingo, 24 de dezembro de 2017

Pequena retrospectiva DurvaLindas 2017

Um ano da para muita coisa né?! Como dizia naquele texto de ontem, o cara que fatiou o tempo foi um gênio, já que em 12 meses podemos perder as esperanças de tudo, chutar o pau da barraca e em seguida nos renovar, com a promessa de um novo ano, uma folha branca, limpinha, pronta para ser colorida.
Pensando nisso fiz uma pequena retrospectiva.

- Conheci umas meninas ai (lindas, por sinal) que eu são sabia que iria amar tanto (meus pais adoram duas delas, inclusive);
- Dividimos panelas, miojos e qualquer coisa que fosse comestível ou necessária;
- Minha casa passou a virar depósito da residência;
- Desenvolvi um pequeno vício por café;
- Desenvolvi uma relação de amor e "nunca mais tomo isso" com a cerveja;
- Vimos Patrícia sem produção alguma em menos de um mês que ela disse que isso nunca aconteceria;
- Pude dar um abraço em Talita num momento muito importante - só depois entendi o que significava; 
Vimos Claryssa, a qual achei sempre muito responsável, subi na contra mão de uma ponte - e foi divertido ver todos (embriagados) se darem conta disso no meio do trajeto;
- Vimos Jessica começar a namorar (hmmmmmm!) Ok, ok, vocês me viram na mesma situação também...
- Matamos algumas aulas;
- Viajamos juntas, seja Macau, Pau dos Ferros, Natal ou Recife;
- Pegamos caronas com desconhecidos;
- Fomos cúmplices em pequenos furtos copo de cachaça, garrafas, porta copos e claro, não podemos esquecer da tentativa dos palitos de churrasco no rebouças né?! (vide cuidando de quem cuida);
- Desenvolvemos nossos dotes seja em decoração, entretenimento de crianças ou na cozinha, né mores?!
- Rimos, fofocamos e cantamos (muito) nas caronas para as aulas;
- Tivemos várias reuniões para rir, comer e beber, sendo uma das mais marcantes aquela na casa de Claryssa. Também né, como poderíamos esquecer: Jessica vomitando a casa toda, eu mostrando toda minha flexibilidade enquanto Patrícia me mostrava para todo o instagram, Claryssa mostrando como se rebola e dança até o chão, Talita numa psicose por limpeza e Patrícia dormindo no sofá totalmente embriagada. Esse dia foi foda. Melhor foi acordar com uma puta ressaca moral e ter que ir para a biblioteca municipal ver a galera falando da minha abertura kkkkkk
- Não dá para esquecer também daquela cervejinha que passou da conta e ficaríamos devendo algumas moedas no Didi, se não fosse Claryssa ir lá. Isso nos rendeu mais uma cerveja então obrigada mais uma vez, garota!
- Descobrimos em Talita uma poliglota, Claryssa uma compositora das melhores paródias, eu mesma um ser humano do mundo a parte, Jessica a pessoa que super domina falar em público, inclusive diante das câmeras e Patrícia uma pessoa que tem os mais diversos tipos de orgasmos e até uns acidentes, tipo "AVC Gástrico";
- Tivemos alguns desentendimentos entre nós, nós e R2, nós com o mundo e tudo foi resolvido;
- Abrigamos umas a outras em alguns momentos inusitados como ficar sem água, sem chave ou por não aguentar mais dormir de rede;
- Aprendemos a aguentar a semana da TPM Coletiva.

Gente, tô acabando, juro!

Estivemos juntas para nos acobertar em algumas faltas, durante o acidente de Patrícia no qual presenta para mim um momento de extrema demonstração de fraternidade e acompanhamos o tratamento da mãe de Talita, dona Corminha, e vibramos de felicidade com o fim e sucesso dele.
Compartilhamos risos, suor, lágrimas, perrengues, conquistas e momentos, muitos momentos. Um ano dá para acontecer muita coisa mas acho que ninguém imaginou que o saldo de 2017 seria tão positivo assim, apesar de tudo.
Acho que ninguém imaginou que amizades tão fortes e sinceras poderia florescer em tão pouco tempo e de forma tão bonita. A união que conquistamos nos proporciona fazer coisas significativas para os outros e nos impulsiona a querer mais, nos exercer e nos realizar como profissionais. 
Eu sei, eu vinhemos ser residentes mais o que ganhamos bolsa nenhuma paga, é algo para além da UBS, para além de uma formação.
Meninas, muito obrigada por dividirem as vidas de vocês e participarem da minha, esse é um dos ciclos mais significativos da minha vida. Que o próximos continuemos emanando toda essa luz e amor e que a união prevaleça sempre e que os momentos seja de leveza, aprendizado e conquistas.
Que a esperança em dias melhores nunca nos abandone e que o medo não nos paralise, que o riso seja abundante, que os sobrinhos venha e, é claro que passemos todas em concursos (se possível, juntas). 
Amo vocês, garotas.

P.S.: Eu já havia escrito esse texto e ele tava prontinho para ser lido em nossa confraternização, mas eu não podia deixar de acrescentar aqui o causo do alagamento/dilúvio no apartamento de Patrícia e Talita. Já havíamos saído, plenas e belas quando nos ligaram para voltar ao condomínio pois o apartamento das meninas estava inundado! E não fazia nem 5 minutos que havíamos deixado o prédio. Ao chegar confirmamos, sim era muuuuuuita água e tudo que nos restou foi tirar os saltos, pegar os rodos e rir (muito), limpando a casa. Isso nos rendeu mais um momentos, 45 minutos de atraso e o possível livramento, pois a causa do vazamento é absurda. Ainda assim a noite foi emocionante e incrível. ;)

Amiga Secreta

HA! Olha eu aqui de novo. Essa menina só faz isso né?! Escreve, escreve como se quisesse gritar e não tivesse voz. Acho que ainda não aprendi a falar como se deve, o que se deve e me perco em devaneios, inclusive já estou em um. Só um segundo, deixa eu sair daqui.
Pronto. 
Sabe, cartas hoje em dia são tão raras, escritas na mão então.. nem se fala. Há uma preguiça instaurada a tudo que tenha uma tendência meio vintage. Não sei mas eu acho que há um charme nisso, saber que alguém dedicou um tempo escrevendo linhas tortas e garranchudas, correndo o risco de rasurar e ficar na dúvida se começa tudo de novo ou mantém o erro ali, para mostrar que nem tudo pode sair perfeito mesmo que haja boa intenção de fazer o melhor. Desculpa, fugi de novo do tema, e olha que isso ainda é a introdução. Vou me esforçar daqui para frente, prometo.
Dizem que Sêneca dizia (falo assim porque nunca li nenhuma obra dele, vi a frase na internet e com essa coisa não dá para confiar muito nas fontes, não é mesmo?) que dar um livro, além de uma gentileza, é também um elogio. E acho que você já percebeu que eu não consigo ver algo que considero bom e não compartilhar com aqueles que gosto (e até com os que não gosto muito, as vezes, mas não é seu caso, óbvio!).
Ler esse livro me trouxe muitas reflexões e uma forma diferente de ver e interpretar alguém que é tão conhecido e citado desde que nos entendemos por gente. Na verdade bem antes de existirmos. Espero que a leitura a agrade tanto quando a mim e que ela agregue a seu conhecimento, sua leveza, sua fé e paz.
Aproveitando o ensejo da rasgação de seda natalina, foi uma imensa alegria ter visto seu nome no papelzinho e poder presenteá-la com algo que gosto e também tenho em minha estante. Foi uma alegria imensa conviver com você, rir, partilhar tantos momentos e poder aprender mais sobre simplicidade e como tratar bem as pessoas. Que nossos dias continuem assim até quando for possível e, quando não for, que encontremos formas de criar novos momentos e novos ambientes.
Obrigada por nos presentear com sua presença, alegria e glamour. Obrigada por nos mostrar como ser plena e classuda todos os dias.

Obrigada por ser Claryssa, aquela que brilha, ilumina.
Feliz novo ciclo.
Beijos de luz.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Análise do ponto de vista crítico de uma escritora de gaveta acerca da produção de artigos científicos no Brasil: Um estudo de caso

Tenho ranço.

O texto poderia acabar aqui mesmo, com essas duas palavras, mas acho por bem desenvolver um argumento plausível, para ir praticando para logo menos.
Não é novidade que eu sou uma curiosa nata: sempre gostei de estudar e realizar pesquisas aleatórias. Sempre gostei de entender a origem das pessoas e coisas, processos de criação, como se desenvolverem as boas (e nem tão boas) ideias. Essas coisas. Também não é novidade nenhuma que gosto de escrever mas e é aqui que está o (meu) problema, isto é, a justificativa deste texto: Eu gosto de escrever mas, no momento que junta-se escrita e vida acadêmica... Travo. Simples assim.
A obrigatoriedade de escrever, de produzir conteúdo seguindo normas, de referenciar cada frase que eu pense em dizer, são coisas que me cansam. Palavras metodicamente escolhidas, sem poder imprimir nenhum tipo de sentimento ou personalidade. Um servicinho frio, sem muita autenticidade. 
Eu gosto é de criatividade, de poder expressar o que penso e sinto. Artigos me deixam minhas linhas em preto e branco.
(MESMA, Eu. 2017) 

Pessoalmente acho muito difícil seguir tanta burocracia, regras, rebuscar palavras só para mostrar que sou culta, "letrada" como diria meu avô. Produzir artigo científico me pede para anular tudo que eu sinto, tudo que eu sou, anular minha forma de escrever, tirar as tantas cores que vibram em mim. Elas as vezes são quentes ou frias, ok, mas sempre vibrantes. "Eu escrevo porque sinto uma necessidade dentro de mim de jogar essas palavras em algum lugar" (MENEZES, 2017). Artigos contam com muitas pesquisas, metodologia, justificativa, referencial teóricos, objetivos, blá, blá, blá... falando de forma vaga, claro. Produção científica é importante sim mas eu não gosto dessa necessidade por uma questão de status para o crescimento profissional, para enriquecer o lattes. Acho isso tão... desestimulante! É como se me tirasse a graça de escrever. Fico desencorajada e eu preciso de inspiração para escrever.
Entendo inspiração um plus essencial para o desenvolvimento de alguma coisa de forma criativa, quase iluminada. Quando a inspiração vem o texto simplesmente flui, como agora - diferentemente do artigo que eu passei dois dias sentada na frente desta mesma tela e nem mesmo o tema me veio. Se as palavras não vibram, não sinto o texto.
Coisa de doido né?! Pode ser. Eu gostaria de sentir mais facilidade para produzir esse tipo de texto sério e importante mas, como poderia?! "Há cores em tudo que eu vejo" (TITÃS, não lembro o ano).

Resultado de imagem para cortando asas criatividade
Ilustração metafórica demonstrando o que acontece com pseudo-artistas quando necessitam produzir artigo científico. Para os não pseudo-sensíveis, as asas podem ser interpretadas como a Inspiração. 

"Tem gente que escreve por ego 
Ou só pra fazer firula
Meu texto é simples, sincero
É tinta que sai da medula
Eu chuto as palavras pra fora
E elas que vêm me buscar
Num jogo de bola e gandula"
Gabriel, o pensador